domingo, 15 de junho de 2014

MARLENE - Arte Tumular - 287 - Cremada









Depois do corpo ser velado no  Teatro João Caetano, na Praça Tiradentes, centro do Rio de Janeiro, foi levado para ser cremado no cemitério do Caju, zona portuária do Rio, e de lá, as cinzas serão levadas de helicóptero para serem derramadas na Baía de Guanabara, como a cantora pediu em vida

PERSONAGEM
Marlene, nome artístico de Victória Bonaiutti de Martino, (São Paulo, 22 de novembro de 1924 — Rio de Janeiro, 13 de junho de 2014), foi uma cantora e atriz brasileira.
Morreu aos 89 anos
SINOPSE BIBLIOGRÁFICA
Nascida e criada na capital paulista, no bairro da Bela Vista, conhecido reduto de ítalo-brasileiros. Seus pais eram italianos, e Victória era a mais nova de três filhas. Ela herdou o nome do pai, que morreu sete dias antes de seu nascimento. A viúva, Antonieta, não se casou novamente, e criou sozinha as filhas, dando aulas de alfabetização no Instituto de Surdos e Mudos de São Paulo e como costureira. Sua família era muito católica e como devota da Igreja Batista, além de querer uma excelente educação a filha, sua mãe a internou no Colégio Batista Brasileiro, cujas mensalidades foram dispensadas em troca de serviços prestados ao colégio, como arrumação dos quartos. Marlene estudou ali dos nove aos quinze anos, destacando-se nas atividades esportivas, assim como no coro juvenil da igreja. Ao deixar o colégio, passou para a Faculdade do Comércio, situada na Praça da Sé, com o objetivo de se tornar contadora. Na mesma época, emprega-se, durante o dia, num escritório comercial como auxiliar administrativa. Fazendo amizades na faculdade, começa a participar de uma entidade de estudantes, recém formada, a qual passa a dispor de um espaço na Rádio Bandeirantes, chamada a Hora dos estudantes, programa em que futuramente começaria sua carreira de cantora. Cada estudante tinha um nome artístico: Foi quando seus colegas estudantes, por eleição, escolheram o seu nome, em homenagem à atriz alemã Marlene Dietrich, por serem muito parecidas. Victória se encantou pela música, e acabou deixando o curso de contadora em segundo plano, priorizando sua atividade artística, mas para não levantar suspeitas, manteve o trabalho, e fingia ir a faculdade, quando ia para a rádio, a noite. Suas irmãs sabiam e a ajudavam, mas a mãe, as tias e a avó eram contra uma mulher ir para a área artística. Então, em 1940, fez um teste de canto, concorrendo com outras jovens, e mesmo sem nunca ter estudado música, passou em primeiro lugar. No mesmo ano, ela estreou como profissional na Rádio Tupi de São Paulo. Tudo isto, contudo, fez escondida da família, que, por razões religiosas e sociais vigorantes na época, não poderia admitir uma incursão no mundo artístico. O nome artístico esconderia sua verdadeira identidade até ser descoberta, pois sua família recebeu comunicado de que a jovem estava faltando aulas, e sendo pressionada a responder, dissera que fora por causa de seu expediente na rádio, o que resultou num castigo exemplar da parte de sua mãe, que a deixou sem sair de casa por semanas, mas ela já estava decidida a seguir carreira, a música estava em seu coração. Assim, em 1943, cercada pela desaprovação da família, pediu para ser demitida do emprego, ganhando dinheiro de seguro, e juntando-o por meses. Com dinheiro em mãos, decidiu ir embora de casa contra a vontade deles: Partiu para o Rio de Janeiro, sozinha. Na capital fluminense, alugou um apartamento e começou trabalhando de dia em um escritório de contabilidade, e a noite, e procurando nas rádios e cassinos uma chance como cantora. Fez alguns testes de canto, onde, após ser aprovada no teste com Vicente Paiva, passou a cantar no Cassino Icaraí, em Niterói. Ali permaneceu por dois meses até conhecer Carlos Machado, que a convidou para o Cassino da Urca, contratando-a como vocalista de sua orquestra. Assim, pede demissão do emprego e se dedica somente a música. Algumas vezes entrava em contato com a família por cartas e telefonemas, mandando notícias. Em 1946, houve a proibição dos jogos de azar e o consequente fechamento dos cassinos por decreto do presidente Eurico Gaspar Dutra. Marlene, então, mudou-se com a orquestra de Carlos Machado para a Boate Casablanca. Dois anos depois, tornou-se cantora do Copacabana Palace a convite de Caribé da Rocha, que a promoveu de crooner a estrela da casa. Passou a atuar também na Rádio Mayrink Veiga e, no ano seguinte, na Rádio Globo. Nesse ínterim, já se tinha dado sua estreia no disco, pela Odeon, em meados de 1946, com as gravações dos sambas Suingue no morro (Amado Régis e Felisberto Martins) e Ginga, ginga, moreno (João de Deus e Hélio Nascimento). Mas foi no carnaval do ano seguinte que Marlene emplacou seu primeiro sucesso, a marchinha Coitadinho do papai (Henrique de Almeida e M. Garcez), em companhia dos Vocalistas Tropicais, campeã do concurso oficial de músicas carnavalescas da Prefeitura do Distrito Federal. E foi cantando esta música que ela estreou no programa César de Alencar, na Rádio Nacional, com grande sucesso, em 1948. Marlene se tornaria uma das maiores estrelas da emissora, recebendo o slogan Ela que canta e dança diferente. Ainda nesse ano, foi contratada pela gravadora Continental, estreando com os choros Toca, Pedroca (Pedroca e Mário Morais) e Casadinhos (Luís Bittencourt e Tuiú), este cantado em duo com César de Alencar. Marlene esperou o fim de seu contrato com o Copacabana Palace para abandonar os espetáculos nas boates, dedicando-se ao rádio, aos discos e, posteriormente, ao cinema e ao teatro. Nesta época, sua família já a tinha visitado no Rio e aceitado sua decisão. Com os anos, se consagrou, e acabou por gravar mais de quatro mil canções em sua carreira. Marlene (junto com Emilinha Borba) foi um dos maiores mitos do rádio brasileiro em sua época de ouro. Sua popularidade nacional também resultou em convites para o cinema (onze filmes depois de Corações sem Piloto, de 1944) e para o teatro (cinco peças após Depois do Casamento, em 1952), tendo também trabalhado em cinco revistas depois de Deixa Que Eu Chuto (1950). Suas atividades internacionais incluíam turnês pelo Uruguai, Argentina, Estados Unidos (onde se apresentou no Waldorf-Astoria Hotel e em Chicago) e França (apresentando-se por quatro meses e meio no Teatro Olympia em Paris, a convite de Édith Piaf, que a vira no Copacabana Palace, no Rio). Também compositora, teve seu samba-canção A grande verdade (parceria com Luís Bittencourt) gravado por Dalva de Oliveira, em 1951.


RAINHA DO RÁDIO
Nessa época, a maior estrela da Rádio Nacional era Emilinha Borba, mas as irmãs Linda e Dircinha Batista eram também muito populares, e as vencedoras, por anos consecutivos, do concurso para Rainha do Rádio. Este torneio era coordenado pela Associação Brasileira de Rádio, sendo que os votos eram vendidos com a Revista do Rádio e a renda era destinada para a construção de um hospital para artistas. Então, em 1949, Marlene venceu o concurso de forma espetacular. Para tal, recebeu o apoio da Companhia Antarctica Paulista. A empresa de bebidas estava prestes a lançar no mercado um novo produto, o Guaraná Caçula, e, atenta à popularidade do concurso, pretendiam usar a imagem de Marlene, Rainha do Rádio, como base de propaganda de seu novo produto, dando-lhe, em troca, um cheque em branco, para que ela pudesse comprar quantos votos fossem necessários para sua vitória. Assim, Marlene foi eleita com 529.982 votos. Ademilde Fonseca ficou em segundo lugar, e Emilinha Borba, dada como vencedora desde o início do concurso, ficou em terceiro. Desse modo, originou-se a famosa rivalidade entre os fãs de Marlene e Emilinha, uma rivalidade que, de fato, devia muito ao marketing e que contribuiu expressivamente para a popularidade espantosa de ambas as cantoras pelo país. Prova disso foram as gravações que elas fizeram em dueto naquele ano, com o samba Já vi tudo (Amadeu Veloso e Peter Pan) e a marchinha Casca de arroz (Arlindo Marques Jr. e Roberto Roberti). Foram sucessos no Carnaval de 1950, e no começo desse ano, com a marchinha A bandinha do Irajá (Murilo Caldas), também sucesso no Carnaval. A eleição para Rainha do Rádio ainda lhe rendeu um programa exclusivo na Rádio Nacional, intitulado Duas majestades, e um novo horário no programa Manuel Barcelos, em que permaneceu como estrela até o fechamento do auditório da Rádio Nacional. A estrela Marlene ajudou vários colegas seus, inclusive usando seu prestígio e influência junto à direção da Rádio Nacional, trouxe para a emissora,as vozes de Jorge Goulart e Nora Ney, que ali permaneceram por décadas, só saindo por causa de problemas com o governo da época da ditadura militar no país. Também foi Marlene a madrinha de um de seus frenéticos fãs, o jovem Luís Machado,que veio a ser locutor comercial dos programas, de Manuel Barcelos. Participou também de outros programas, como o de César de Alencar, o de Paulo Gracindo, bem como Gente que brilha, Trem da alegria, Show dos bairros e o de José Messias,porem o jovem locutor Luís Machado deixou a rádio,também com problemas com o governo da ditadura militar, saindo junto com Cesar de Alencar, e vários outros artistas,que não se enquadravam àquele regime governamental. Luís posteriormente dedicou-se aos estudos,não voltando ao rádio,devido a variações em suas cordas vocais,embora não concluindo a faculdade de direito de Valença. Deixou a faculdade para seguir a profissão de Motorista de ônibus em turismo rodoviário,porém mantendo-se como fã fiel á grande Marlene, a quem agradece até os dias de hoje, a oportunidade por ela oferecida. Marlene manteve o título ainda pelo ano seguinte. Ela então passou a ser cantora exclusiva do programa Manuel Barcelos, enquanto que Emilinha tornou-se exclusiva do de César de Alencar. Ainda naquele ano, gravou dois de seus maiores sucessos, acompanhada d'Os Cariocas, Severino Araújo e Orquestra Tabajara: os baiões Macapá e Que nem jiló (Humberto Teixeira e Luís Gonzaga). Participou da revista Deixa que eu chuto, no Teatro João Caetano, no Rio. Atuou intensamente no teatro musicado, excursionando pelo exterior e por todo o Brasil em inúmeros espetáculos. Participou também do filme Tudo Azul, ao lado do futuro marido Luís Delfino, produzido por Rubens Berardo e dirigido por Moacyr Fenelon.

VIDA PESSOAL
Durante a sua vida namorou cantores e atores, um deles, com quem contracenou em teatros musicais, e dividiu um programa exclusivo que ia ao ar aos sábados às 20 horas intitulado Marlene Meu Bem, foi seu noivo e marido: Em 1952, casou-se no cartório e na Igreja do Outeiro da Glória com o ator Luís Delfino. Juntos, tiveram um filho, nascido um ano depois, chamado Sérgio Henrique Bonaiutti Delfino. Após mais de dez anos de casamento, devido aos ciúmes excessivos do marido, se divorciaram. A cantora teve outros namorados e ficou mais de quinze anos casada com um cantor, de quem também se divorciou, devido a traições dele.
MORTE
 Ela estava internada desde o último dia 7 de junho no Hospital Casa de Portugal, com quadro de pneumonia, e decorrente disto, sofreu falência múltipla dos órgãos, vindo a óbito por volta das 17h15 do dia 13 de junho de 2014.
Fonte: pt.wikipedia.org
Formatação: Helio Rubiales

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hrubiales@gmail.com

4 comentários:

  1. Excelente blog. Sugiro acrescentar informações sobre o túmulo de Plínio Correa de Oliveira (1908-1995), localizado no Cemitério da Consolação da capital paulista e bastante frequentado por seus seguidores.

    http://pt.wikipedia.org/wiki/Pl%C3%ADnio_Correia_de_Oliveira

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  2. Pofavor jose antonio fala com o dono do site para ele acrescentar informacoes sobre o tumulo do ator luiz macas localizado no cemiterio sao joao batista

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