ARTE TUMULAR
Memorial em formato quadrado em mármore e granito, que abriga os restos mortais da cantora, tendo na parte frontal, gravado no mármore o seu nome e datas. Encimando o memorial sobre o tampo de granito uma cruz latina em mármore branco.
Local: Cemitério Municipal de Maricá, Rio de Janeiro, Brasil
Fotos: Hugo Lafayette
Descrição tumular: Helio Rubiales
Idenilde Araújo Alves da Costa, conhecida pelo nome artístico de Núbia Lafayette, (Assu, 21 de janeiro de 1937 — Niterói, 18 de junho de 2007) foi uma cantora brasileira.
Morreu aos 70 anos de idade
SINOPSE BIBLIOGRÁFICA
Nascida na cidade de Açu no Rio grande do Norte no dia 21 de janeiro filha de Anterino Agnaldo Araújo e Adalgiza Araujo, a pequena Idenilde da costa Araújo, aos 12 anos de idade já fazia do cabo da vassoura um microfone para cantar as músicas de Vicente Celestino e Dalva de Oliveira os maiores cantores de a época.
CARREIRA ARTÍSTICA
Em companhia de sua avó Luiza Barros Bezerra que a levou para o Rio e a criou, a cantora potiguar desembarcou muito cedo no Rio de janeiro e começou sua carreira no fim dos anos 50 com o nome artístico de Nilde Araújo, cantou em programas de calouros interpretando músicas da época, foi crooner da boate Cave no Rio de Janeiro e estreou cantando Dalva de Oliveira. Chegou a gravar um disco ainda como Nilde Araújo o seu primeiro nome artístico, e veio a assumir o nome definitivo de Núbia Lafayette em 1960 por sugestão do compositor Adelino Moreira, que a apresentou com o apoio de Nelson Gonçalves a gravadora RCA e encontrou em Núbia a interprete ideal para suas canções inolvidáveis. E ainda em 1960, Núbia grava seu primeiro disco de carreira com a música "Devolvi" de Adelino Moreira, que logo passara a tocar nas rádios de todo país e exaustivamente nas rádios de todo o nordeste o que a projetou como uma cantora romântica e popular. Nelson Gonçalves teve uma grande importância na carreira de Núbia Lafayette: apresentou-a a RCA, foi sua fonte de inspiração musical masculina e foi um grande professor ensinando-a como se comportar no palco.
Núbia pela grande afinidade com o cantor foi apontada por muitos de seus fãs como um "Nelson Gonçalves de Saias", regravou muitos de seus sucessos como: Argumento (Adelino Moreira), À volta do Boêmio (Adelino Moreira) e Fica Comigo esta noite (Nelson Gonçalves / Adelino Moreira). "Devolvi" o seu primeiro sucesso não foi o único, logo depois vieram cair na boca do povo músicas como o bolero "Seria tão Diferente", "Prece à lua", "Solidão", "Preciso chorar", “Nosso Amargor”,"Razão" e "Ouvi dizer"(todas de Adelino Moreira). Depois, já pelos anos 70 e pela gravadora CBS veio uma segunda fase de sucessos, Núbia volta para as paradas com "Casa e Comida" música de Rossini Pinto que foi faixa título de um LP gravado em 1972, a música virou uma espécie de hino nacional das mulheres mal casadas e desprezadas pelo seu maridos infiéis, quase todas sabiam de cor o refrão que dizia; "Não é só casa e comida que faz a mulher feliz". Neste mesmo LP, a música "Aliança com filete de prata" (Gloria Silva) também passou a fazer parte definitivamente do seu repertório, como também as músicas que lançou anos depois a exemplo de "Mata-me depressa"(Rossini Pinto), "Quem eu quero não me quer"(Raul Sampaio/ Benil Santos), "Esta noite eu queria que o mundo acabasse" (Silvio Lima)e as recordistas de pedidos suplicantes nos eufóricos shows de Núbia Lafayette: "Lama"(Aylce Chaves /Paulo Marques)e "Fracasso"(Mario Lago) músicas que ficaram celebres em sua voz. Apesar dos modismos, Núbia sempre se manteve fiel ao romantismo das mágoas, da traição do desconsolo e da fossa que teve em Adelino Moreira seu grande profeta, mais ainda assim gravou também outro dos grandes especialista da dor de cotovelo como Lupcínio Rodrigues, Herivelto Martins, Raul Sampaio, Jair Amorim, Evaldo Goveia, Othon russo entre outros. Muitos cantores da Música popular que estão fazendo sucesso por aí, são confessadamente influenciados por essa musa do povo que é Núbia Lafayette a exemplo de Alcione, Fafá de Belém, Elymar Santos, Raul Seixas, Fagner, Amelinha, Maria Bethania e Tânia Alves. Realmente é uma legião de fãs dentro e fora do meio artístico: Cauby Peixoto, Adilson Ramos, Waldick Soriano, Cláudia Barroso, Paulo Gracindo entre outros, muitos desses já puderam até exercitar sua tietagem dividindo microfone com Núbia em gravações emocionadas que é o caso de Alcione, Gonzaguinha, Nelson Gonçalves, Elymar Santos, Waldick Soriano, Noite Ilustrada Gilberto Milfont e Trio Irakitam. A cantora residia na cidade de Maricá e fazia shows por todo país e seu mais recente trabalho é um álbum homenageando a grande diva da MPB, Dalva de Oliveira, gravado em Recife lançado pela Polydisc na série 20 Supersucessos, aonde foram resgatados os grandes sucessos da cantora desde os mais conhecidos como: Que será, Ave Maria no Morro, Segredo e tudo Acabado, como também músicas que já estavam meio esquecidas a exemplo de "A Bahia te espera" e o Álbum também lançando no mesmo selo “Núbia Lafayette ao vivo”. Núbia nunca deixou de se apresentar, fazendo frequentes shows sempre na condição de verdadeiro ícone da música ultra-romântica, da "dor-de-cotovelo " sem maldade, em sua expressão mais pura e mais sofisticada, principalmente no norte e nordeste do país até o final da sua vida.
MORTE
Após duas internações, sendo a primeira no exterior, dia 25 de Maio de 2007, Núbia passou mal em sua residência onde foi encontrada desmaiada e levada para o Hospital de Clínicas e Niterói e internada na UTI e mesmo após a intervenção cirúrgica por consequência de um AVC hemorrágico veia a falecer no dia 18 de Junho do mesmo ano. O velório da cantora foi realizado na Câmara Municipal de Maricá RJ, onde a mesma havia recebido titulo de cidadã honoraria. Seu sepultamento foi no cemitério municipal da mesma cidade em uma gaveta provisória de número 686 e posteriormente transferido para um pequeno memorial no mesmo cemitério.
Fonte: Hugo Lafayette/2013
Formatação: Helio Rubiales
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