terça-feira, 12 de outubro de 2021

GREGÓRIO FORTUNATO - Arte Tumular - 534 - Cemitério Jardim da Paz, São Borja, Rio Grande do Sul




ARTE TUMULAR

Túmulo retangular em mármore com 50 cm de altura, tendo na parte central um tampo. Na cabeceira tumular destaca-se uma cruz em granito natural com a sua foto e homenagens. De cada lado erguem-se duas lápides, uma de cada lado com o nome da família.

Local: Cemitério Jardim da Paz, São Borja, Rio Grande do Sul

Fotos: Internet

Descrição tumular: Helio Rubiales


Gregório Fortunato
Getúlio Vargas e sua guarda pessoal, chefiada por Gregório Fortunato, à sua esquerda (lado direito da foto)
Nascimento24 de janeiro de 1900
São Borja
Morte23 de outubro de 1962
Rio de Janeiro
CidadaniaBrasil
Ocupaçãopolítico
PERSONAGEM
Gregório Fortunato (São Borja, 24 de janeiro de 1900 — Rio de Janeiro, 23 de outubro de 1962) foi o chefe da guarda pessoal do presidente brasileiro Getúlio Vargas, também é conhecido como "Anjo Negro", devido ao seu porte físico e sua pele negra.
Morre aos 61 anos.

SINOPSE BIBLIOGRÁFICA
Gregório Fortunato nasceu na cidade de São Borja, no Rio Grande do Sul. Era filho dos escravos alforriados Damião Fortunato e Ana de Bairro Fortunato. 
Foi casado com Juraci Lencina Fortunato, com quem teve um casal de filhos. 

Trabalhou como peão de gado nas fazendas da região e teve sua aproximação com o clã Vargas após participar da Revolução Constitucionalista de 1932, como soldado do 14º Corpo Auxiliar de São Borja (hoje Brigada Militar do Rio Grande do Sul), unidade comandada pelo coronel Benjamim Vargas, irmão do presidente Getúlio Vargas. 

Após o fracassado Golpe Integralista contra Vargas, Benjamin criou uma guarda pessoal para proteger o presidente, recrutando vinte homens de confiança em sua cidade, entre os quais Gregório, que pela sua fidelidade se tornou o chefe da guarda até o final do Estado Novo.

ATENTADO DA RUA TONELERO
No dia 5 de agosto de 1954 ocorreu o evento considerado como o mais dramático da história política brasileira, que ficou conhecido como "Atentado da Rua Tonelero", que foi a tentativa de assassinato do jornalista Carlos Lacerda, ferrenho opositor de Getúlio Vargas. Gregório Fortunato foi acusado de ser o mandante do crime, do qual Lacerda saiu levemente ferido, não tendo a mesma sorte o major da Aeronáutica do Brasil, Rubens Florentino Vaz, que foi baleado e morreu a caminho do hospital. 

A polícia fez busca e apreensão na casa de Gregório e encontrou papéis que mostravam, que apesar de receber um salário de 15 mil cruzeiros, Gregório era dono de um conjunto de bens estimado em torno de 65 milhões de cruzeiros.  Os documentos apreendidos revelaram ainda que Gregório comprou por 4 milhões duas propriedades do filho mais moço de Getúlio, Manuel Sarmanho Vargas, o Maneco, que se encontrava em situação financeira difícil. Quando os documentos vieram a público, Getúlio Vargas inicialmente não acreditou na veracidade. Depois ficou profundamente abalado.  

O atentado desencadeou uma crise política que culminou com o suicídio de Getúlio Vargas, com um tiro no coração, em 24 de agosto de 1954. Em 1956, os acusados do crime da Rua Tonelero foram levados a um primeiro julgamento: Gregório Fortunato foi condenado a 25 anos como mandante do crime, pena reduzida a 20 anos por JK e a 15 por João Goulart. 

ASSASSINATO 
Em 23 de outubro de 1962, Gregório Fortunato foi assassinado na Penitenciária Frei Caneca, no Rio de Janeiro, pelo também detento Feliciano Emiliano Damas, o que é apontado por muitos como queima de arquivo, já que o "Anjo Negro" escrevera um caderno de anotações, único objeto de sua propriedade que desapareceu na prisão após sua morte.

Fonte: pt.wikipedia.org
Formatação: Helio Rubiales
Anterior
Próximo

hrubiales@gmail.com

0 comments: