segunda-feira, 25 de setembro de 2017

TAIGUARA - Arte Tumular - 412 - Cemitério da Saudade, Jacarepaguá, Rio de Janeiro





Local: Cemitério da Saudade, Jacarepaguá, Rio de Janeiro

Taiguara
Taiguara.jpg
Taiguara, foto de Ana Lasevicius, utilizada na capa do disco "Brasil Afri" (Movieplay, 1994).
Informação geral
Nome completoTaiguara Chalar da Silva
Nascimento9 de outubro de 1945
Data de morte14 de fevereiro de 1996 (50 anos)
NacionalidadePredefinição:Brasileiro Naturalizado
Gênero(s)Bossa novaMPBSamba
Instrumento(s)VozPianoViolãoMellotron e inúmeros instrumentos de origem Africana.
Período em atividade1964 - 1996
Gravadora(s)EMIOdeonPhilipsContinentalMovieplay
Afiliação(ões)Hermeto PascoalMilton NascimentoChico BuarqueVinicius de Moraes.
Página oficialhttp://www.taiguara.art.br




PERSONAGEM
Taiguara Chalar da Silva (Montevidéu, 9 de outubro de 1945 — São Paulo, 14 de fevereiro de 1996) foi um cantor e compositor brasileiro nascido no Uruguai durante uma temporada de espetáculos de seu pai, o bandoneonista e maestro Ubirajara Silva.
Morreu aos 50 anos de idade.

SINOPSE BIBLIOGRÁFICA
Mudou-se para o Rio de Janeiro em 1949 e para São Paulo, posteriormente, em 1960. Largou a faculdade de Direito para se dedicar à música. Participou de vários festivais e programas da TV. Fez bastante sucesso nas décadas de 60 e 70. Seus dois primeiros LPs foram gravados no selo Philips pelo produtor Armando Pittigliani. Autor de vários clássicos da MPB, como Hoje, Universo do teu corpo, Piano e viola, Amanda, Tributo a Jacob do Bandolim, Viagem, Berço de Marcela, Teu sonho não acabou, Geração 70 e Que as Crianças Cantem Livres; entre outros.


Considerado um dos símbolos da resistência à censura durante a ditadura militar brasileira, Taiguara foi um dos compositores mais censurados na história da MPB, tendo 68 canções censuradas e escreveu uma, Cavaleiro da Esperança, em homenagem a Luís Carlos Prestes). Os problemas com a censura levaram Taiguara a se autoexilar na Inglaterra em meados de 1973. Em Londres, estudou no Guildhall School of Music and Drama e gravou o Let the Children Hear the Music, que nunca chegou ao mercado, tornando-se o primeiro disco estrangeiro de um brasileiro censurado no Brasil.

Em 1975, voltou ao Brasil e gravou o Imyra, Tayra, Ipy - Taiguara com Hermeto Paschoal, participação de músicos como Wagner Tiso, Toninho Horta, Nivaldo Ornelas, Jacques Morelenbaum, Novelli, Zé Eduardo Nazário, Ubirajara Silva (pai de Taiguara), e uma orquestra sinfônica de 80 músicos. O espetáculo de lançamento do disco foi cancelado e todas as cópias foram recolhidas pela ditadura militar das lojas em apenas 72 horas. Em seguida, Taiguara partiu para um segundo autoexílio que o levaria à África e à Europa por vários anos.

Quando finalmente voltou a cantar no Brasil, em meados dos anos 80, não obteve mais o grande sucesso de outros tempos, muito embora suas músicas de maior êxito tenham continuado a serem relembradas em flashbacks das rádios AM e FM.

Nunca ficou claro o porquê da censura, visto que Taiguara, além de excelente músico, cantor, compositor e arranjador com visão muito além de seu tempo, criador de melodias que não se enquadravam no jazz ou bossa nova que predominavam nos anos 1960-70, foi, pelo que se pode inferir por suas letras, um compositor, sobretudo, existencialista. romântico e esperançoso.

MORTE
Morreu em 1996 de falência múltipla de órgãos em decorrência de um câncer na bexiga.

Fonte: pt.wikipedia.org
Formatação: Helio Rubiales
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hrubiales@gmail.com

Um comentário:

  1. Artista super importante dentro da MPB. Pagou um preço altíssimo devido ao seu posicionamento contra a ditadura militar. Tenho 47 anos e sou muito fã desse artista grandioso.

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