sábado, 28 de novembro de 2015

(CHORÃO) ALEXANDRE MAGNO ABRÃO - Arte Tumular - 365 - Memorial Necrópole Ecumênica, Santos, São Paulo








ARTE TUMULAR 
Cripta com uma placa de mármore com o seu nome e datas em letras de bronze.

Local: Memorial Necrópole Ecumênica, Santos, São Paulo  
Foto: Guilherme Primo
Descrição tumular: Helio Rubiales

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PERSONAGEM
Alexandre Magno Abrão (São Paulo, 9 de abril de 1970 — São Paulo, 6 de março de 2013) , mais conhecido pelo seu nome artístico Chorão, foi um cantor, compositor, cineasta, poeta, roteirista e empresário brasileiro. Foi o vocalista, principal letrista e co-fundador da banda santista Charlie Brown Jr., formada em 1992 junto com Renato Pelado, Marcão, Champignon e Thiago Castanho, sendo o único integrante a participar de todas as formações. Com o Charlie Brown, lançou dez discos, que venderam mais de cinco milhões de cópias
Morreu aos 42 anos de idade.

SINOPSE BIBLIOGRÁFICA
Teve uma infância e adolescência difícil , a sua mãe era doméstica, fazia pastel, cozinhava pra fora pra ele entregar.  Chorão vivia na rua, ia mal na escola, parou de estudar na sétima série, e frequentemente tinha problemas com a polícia. Com 21 anos, foi convidado a integrar uma banda com Champignon chamada What's Up, acabou não dando certo, então montou o Charlie Brown Jr. Em 2007,Chorão roteirizou e dirigiu o filme O Magnata. Em 2009 lançou sua marca de roupas a DO.CE.

Quando Chorão tinha doze anos, seus pais separaram-se. Aos quatorze anos, sua mãe teve um derrame e quase morreu. Nessa época ele começou a andar de skate, uma das suas paixões!

Chorão atuou profissionalmente no esporte na década de 80 na categoria freestyle, sendo vice-campeão paulista . Seu apelido Chorão foi dado pelos seus amigos de skate.

Já vendeu cartões de natal, foi auxiliar de câmera, caboman, iluminador. Sua mãe era doméstica, fazia pastel, cozinhava para fora para ele ir entregar.[14] Era primo da apresentadora de televisão Sônia Abrão.

CARREIRA
 Em 1987, com 17 anos de idade Chorão se mudou para Santos, litoral de São Paulo, após uma infância difícil e traumática. Um dia, em um bar local, substituiu por acaso o vocalista de uma banda, quando o mesmo precisou se ausentar.

Vídeo: Reinaldo Dorti

Uma pessoa da plateia, ao vê-lo cantar, convidou-o para ser vocalista em sua banda. Quando o baixista da referida banda saiu, Chorão veio a conhecer Champignon, o novo baixista, um menino de apenas 12 anos na época, e então formaram a banda What's Up. Tempos depois, Chorão e Champignon decidiram convidar o baterista Renato Pelado, egresso de bandas da cidade como Ecossistema, Jornal do Brasil, entre outros. Em seguida, Marcão e Thiago Castanho completaram a primeira formação da banda Charlie Brown Jr. A banda ainda sem nome, continuou a se apresentar na cidade. "Fundei e batizei a banda com esse nome em 1992. Foi uma coisa inusitada. Trombei (literalmente) com uma barraca de água de coco que tinha o desenho do Charlie Brown, aquele personagem do Charles Schulz, mais conhecido por ser o dono do Snoopy.

E o "Jr" é pelo fato de sermos filhos do rock", se explica Chorão pelo fato de a banda se considerar "filha" de uma geração de músicos e bandas como Raimundos, nos anos 90. Chorão considerava Rodolfo Abrantes, o vocalista do Raimundos, como o melhor vocalista do brasil, também gostava de Nirvana, Red Hot Chili Peppers, Nação Zumbi, e Planet Hemp. A sonoridade do grupo tinha influências de grupos como Sublime, Bad Brains, 311, misturando hardcore punk, skate e reggae.

Por volta de 1993, começaram a tocar no circuito underground de Santos e São Paulo, e a fazer shows em eventos de skate. Uma fita demo foi entregue a Rick Bonadio, presidente da Virgin Records no Brasil e produtor dos Mamonas Assassinas, que se interessou pelo grupo e os contratou. De uma demo de três faixas surge o primeiro disco do CBJr, produzido por Tadeu Patolla e Rick Bonadio com o selo da Virgin Records. Nasce então o álbum Transpiração Contínua Prolongada. O álbum foi produzido por Tadeu Patola (ex-Lagoa 66), e foi bem recebido pelas rádios com as faixas "O Coro Vai Comê!", "Proibida pra Mim (Grazon)", "Tudo que Ela Gosta de Escutar" e "Gimme o Anel", vendendo mais de 500 mil cópias. Na época, o baixista Champignon era menor de idade. Consequentemente, sempre que a banda se apresentava em casas noturnas, era necessária uma autorização judicial para que o jovem baixista acompanhasse o grupo.

MORTE DO PAI
Em meados de 2000, Chorão perdeu seu pai:

"Passei por várias dificuldades neste ano, desde financeiras... , eu perdi meu pai... , e você tem que tentar lidar com isso numa boa, até você aceitar rola uma mudança, uma metamorfose".

A banda, compreendendo a falta que seu pai fazia, decide parar e dar um tempo, até Chorão, realmente acostumar-se com a ideia de ter perdido alguém muito especial. O que levou ele a pensar em parar na banda, o que você pode encontrar na letra de: "Ouviu-se falar" e "Talvez a metade do caminho". Passaram-se seis meses até Chorão se olhar no espelho e, ver sua barba crescida, sua barriga, por engodar 20 kg, ficar em casa e não fazer nada, sem motivação... Então ele viu que não era bem isso que ele queria. Durante o mesmo tempo os outros integrantes, Champignon, Thiago Castanho, Marcão e Renato Pelado continuaram estudando e praticando sua música. Na verdade a banda estava pronta de novo, iria começar um novo capítulo.

PROBLEMAS COM DROGAS
Em uma entrevista dada dias após a morte de Chorão, sua ex-esposa, a estilista Graziela Gonçalves, afirmou que o cantor era dependente de drogas, e que a dependência piorou em 2005, quando ele ficou triste com o fim da formação original da banda. Ela informou que a dependência "Não era de crack, mas sim de cocaína" . Graziela disse que ela, a primeira mulher do músico, Thais Lima, o filho dele, Alexandre, então com 23 anos, e a empresária da banda, chegaram a procurar um advogado para providenciar a internação involuntária de Chorão

"Não deixaram que ele fosse internado. Não foram os familiares, foi por causa do trabalho. (...) O Chorão sempre achou que tinha controle sobre a situação. Ele estava havia um ano e meio usando drogas compulsivamente ."

O apartamento do cantor, na zona oeste da capital paulista, seria o reduto de Chorão para o consumo de drogas, o que incomodava Graziela. Por conta disso, em meados de 2012, após 15 anos de casamento, Chorão e Graziela se separaram.

 Na mesma entrevista dada dias após a morte do vocalista, ela afirmou que havia se separado de Chorão há seis meses em uma tentativa de “trazê-lo de volta”, por conta da dependência química do músico. A estilista revelou ainda que ela e Chorão nunca chegaram a se separar definitivamente e tiveram muitas separações durante a relação, por conta da dependência de drogas do cantor .

"Nós estávamos afastados em razão do que estava acontecendo com ele. Lutei por ele até o fim e infelizmente quem ganhou essa guerra foi essa droga que está acabando com todo o mundo."

Em dezembro de 2012, Chorão confessou no Caldeirão do Huck que ainda gostava da ex-mulher, mas que se sentia solteiro e que a canção Céu Azul foi inspirada nela 

MORTE
Chorão foi encontrado morto por seu motorista Kleber Atalla (tiozão, famoso por videos de moto no yotube), na madrugada de 6 de março de 2013 (uma quarta-feira), em um apartamento que ocupava esporadicamente no bairro de Pinheiros, em São Paulo. Segundo a polícia, que descartou inicialmente a hipótese de homicídio, o apartamento encontrava-se em grande desordem, com garrafas vazias de bebida, embalagens de remédios e marcas de sangue.

O delegado Itagiba Franco afirmou que Chorão passava por uma depressão devido à separação da mulher, a estilista Graziela Gonçalves . Ele ainda informou que o músico era procurado pelos outros integrantes do Charlie Brown Jr. desde o meio-dia de terça-feira (05 de março). Segundo a Folha de S.Paulo, a polícia acredita que a morte pode ter acontecido entre segunda e terça-feira (04 e 05 de março, portanto), devido ao estado que o corpo foi encontrado .

Chorão teve uma overdose de cocaína, apontou o laudo necroscópico da Polícia Técnico-Científica de São Paulo.O laudo considera resultados do exame toxicológico número 5054/2013 do Instituto Médico-Legal (IML) feito no corpo de Chorão. O exame toxicológico apontou que o corpo apresentava 4,714 microgramas da droga por mililitro de sangue. Segundo os peritos, foi possível concluir, a partir dos testes, que a causa da morte foi "intoxicação exógena devido à cocaína".

Fonte: pt.wikipedia.org
Formatação: Helio Rubiales




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hrubiales@gmail.com

Um comentário:

  1. Apenas uma correção: Chorão escreveu o roteiro de "O Magnata" mas quem dirigiu o filme foi Johnny Araujo.

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