sexta-feira, 9 de abril de 2010

ANTONIO CASTILHO DE ALCANTARA MACHADO d'OLIVEIRA - Arte Tumular-Cemitério da Consolação, São Paulo

















ARTE TUMULAR
Imponente conjunto escultórico ricamente decorado em mármore negro, composto por três níveis, sendo que os dois laterais como jardineiras e o central mais alto, sustentando uma magnífica escultura em bronze de dois corpos esplendidos, esguios, seminus, lançando-se no espaço, no correr da própria vida, tentando almejar a vitória final sobre a morte, esta grande sensação que é a liberdade na precocidade da vida. Aos pés a figura que passa a tocha acesa para o outro, o contato entre os corpos, o “escorregar” do primeiro sobre o segundo. Há cadeias, laços profundos; algo une estas duas figuras, num destino comum, o mesmo modo de caminhar, uma ânsia eterna de alcançarem o ponto de chegada que a figura vislumbra. Seu rosto vai à frente, só enxerga o caminho, enquanto o outro só percebe e se preocupa com a tocha, como quem brotasse do chão, saído das entranhas da terra, simbolizando a poética da morte, que é vivida e vencida ao mesmo tempo. Na parte frontal inferior, uma porta ricamente decorada em bronze dá acesso ao túmulo.
Tírulo da obra: "Os Vencedores"
Autor: Luigi Brizzolara (Chiavari, Itália 1868-Gênova 1937)
LOCAL: Cemitério da Consolação, São Paulo
               Rua 7, terreno 9 e 10
Fotos: Artexplore, flickriver.com, beatrix.pro.br
Descrição tumular: Helio Rubiales


PERSONAGEM
Antônio Castilho de Alcântara Machado d'Oliveira (São Paulo, 25 de maio de 1901 — Rio de Janeiro, 14 de abril de 1935) foi um jornalista, político e escritor brasileiro. Apesar de não ter participado da Semana de 1922, Alcântara Machado escreveu diversos contos e crônicas modernistas, além de um romance inacabado.
Morreu aos 34 anos de idade
BIOGRAFIA
De família ilustre, de advogados e escritores, formou-se em direito no ano de 1924, na Faculdade de Direito de São Paulo, onde o pai, também escritor, era professor. Porém, Alcântara nunca exerceria a profissão de jurista, preferindo aos dezenove anos iniciar a carreira de jornalista, na qual chegou mesmo a ocupar o cargo de redator-chefe do Jornal do Comércio.
Estreou-se na literatura primeiramente ao escrever críticas de peças de teatro para o jornal. No ano de 1925, viajou à Europa, onde já estivera quando criança, e de onde se inspirou para escrever crônicas e reportagens que viriam a dar origem ao seu primeiro livro, Pathé-Baby (primeiramente publicado em 1926), o qual recebeu um prefácio de Oswald de Andrade, este que estreitava os laços de amizade com Alcântara.
É interessante notar que, apesar de demonstrar traços marcadamente modernistas já desde essa primeira obra, composta de períodos curtos e rápidos de prosa urbana, o autor não havia participado da Semana de Arte Moderna de 1922.
A partir daí, escreveria diversos contos e crônicas modernistas, tomando parte, no ano de 1926, junto com A.C. Couto de Barros, na fundação da revista Terra Roxa e Outras Terras, também de viés modernista.
Em 1928, após a publicação da coletânea, uniu-se a Oswald de Andrade para fundarem a Revista de Antropofagia. Alcântara Machado, juntamente com Raul Bopp, foi co-diretor da revista no período de Maio de 1928 até a Fevereiro de 1929, ano este no qual lançou outra obra, de título Laranja da China.
Com outros escritores do movimento, ele investia a favor da rutura, contra a Literatura dos valores estilísticos clássicos, com vistas a desconstruir as convenções, desmoralizar, evoluir e acabar com a cultura preestabelecida, com o estilo rebuscado que até então vogava dentre os literatos do Brasil.
Na sua prosa, caminhou pela senda da experimentação, aberta por Mário e Oswald de Andrade, ao fazer uso duma linguagem leve, bem-humorada e espontânea, altamente influenciada pelo seu passado de jornalista. Talvez tenha sido um dos primeiros brasileiros a usar o elemento gráfico como expressão literária aplicada à prosa de temas urbanos do quotidiano.
PARCERIA COM MARIO DE ANDRADE
Juntou-se então, em 1931, com Mário de Andrade e dirigiram mais uma publicação, a Revista Nova. Nesse período de ebulição e transformações sociais e políticas, na época do chamado movimento constitucionalista, que, sucedendo à Revolução Paulista (1932), culminaria na elaboração da primeira constituição da República Nova em 1934, foi quando Alcântara ingressou na vida pública.
Foi continuar a exercer a carreira de crítico literário para o Rio, onde se candidatou ao cargo de deputado federal. Eleito, sequer chegou a ser empossado, dadas complicações duma cirurgia do apêndice.
MORTE
Devido as complicações da cirurgia faleceu na cidade do Rio de Janeiro, a 14 de Abril de 1935, deixando para trás, inacabado, o seu romance Mana Maria. Seu corpo foi sepultado no túmulo da família no Cemitério da Consolação,em São Paulo. O pai, o escritor e Jurista José de Alcântara Machado, que nunca se refez do forte abalo causado pela morte do filho,faleceu em 1941 e foi sepultado no mesmo túmulo.
Fonte:pt.wikipedia.org
Formatação e pesquisa: Helio Rubiales
Anterior
Próximo

hrubiales@gmail.com

0 comments: