ARTE TUMULAR
Túmulo em formato retangular com cerca de 1,20 m. de altura com um tampo central, construído em alvenaria com revestimento em argamassa; sem lápide com o seu nome , apenas com uma placa com leitor QR COD identificando o túmulo. O túmulo encontra-se em péssimo estado de conservação para quem representou uma obra prima da arquitetura brasileira.
Local: Cemitério São João Batista, Rio de Janeiro
Fotos: https://www.youtube.com/watch?v=eRykToAhePk
Descrição tumular: hrubiales
Lúcio Costa | |
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Nome completo | Lúcio Marçal Ferreira Ribeiro de Lima Costa |
Nascimento | 27 de fevereiro de 1902 Toulon |
Morte | 13 de junho de 1998 (96 anos) Rio de Janeiro |
Nacionalidade | Franco-brasileiro |
Alma mater | Escola de Belas Artes da Universidade Federal do Rio de Janeiro |
Ocupação | arquiteto, urbanista |
Movimento | Modernismo |
Obras notáveis | Edifício Gustavo Capanema Plano Piloto de Brasília Plano Piloto da Barra da Tijuca |
Prêmios | Prêmio Abercrombie (1984) Ordem do Mérito Cultural (1997) Doutor honorário da Universidade de Brasília |
Assinatura | |
PERDSONAGEM
Lúcio Marçal Ferreira Ribeiro de Lima Costa OMC (Toulon, 27 de fevereiro de 1902 – Rio de Janeiro, 13 de junho de 1998) foi um arquiteto, urbanista e professor brasileiro nascido na França. Pioneiro da arquitetura modernista no Brasil, ficou reconhecido mundialmente pelo projeto do Plano Piloto de Brasília. SINOPSE BIBLIOGRÁFIA
Devido às atividades oficiais de seu pai, o almirante Joaquim Ribeiro da Costa, morou em diversos países, o que lhe rendeu uma formação pluralista. Estudou na Royal Grammar School em Newcastle, no Reino Unido, e no Collège National em Montreux, na Suíça.
Retornou ao Brasil em 1917 e, mais tarde, passou a frequentar o curso de arquitetura da Escola Nacional de Belas Artes, que ainda aplicava um programa neoclássico de ensino. Ele formou-se Arquiteto pela Escola em 1924. Apesar de praticar uma arquitetura neoclássica durante seus primeiros anos (defendendo em certos momentos uma arquitetura neocolonial), rompeu com essa formação historicista e passou a receber influências da obra do arquiteto franco-suíço Le Corbusier.
DIRETOR DA ESCOLA NACIONAL DE BELAS ARTES
Após a Revolução de 1930, Lucio Costa foi indicado por Rodrigo Melo Franco de Andrade para assumir a direção da Escola Nacional de Belas Artes (ENBA), com a missão de renovar o ensino das artes plásticas e reformular o curso de arquitetura.
Alterações introduzidas por Lucio Costa mudaram a estrutura e o espírito do salão anual. Apareceram pela primeira vez na velha escola, ao lado dos antigos frequentadores, artistas ligados à corrente moderna, na sua maioria vindos da capital paulista. A trigésima oitava Exposição Geral (1931) foi por isso chamada de Salão revolucionário.
Sua passagem como diretor da ENBA durou apenas até setembro de 1931. Apesar do pouco tempo no cargo, seu tempo como diretor e professor da instituição marcou profundamente os caminhos da arte e da arquitetura brasileira. Entre os seus alunos na escola de arquitetura estavam Luís Nunes, Jorge Machado Moreira, Ernani Vasconcellos, Álvaro Vital Brazil, Oscar Niemeyer e Milton Roberto. Todos tornaram-se grandes expoentes da arquitetura brasileira.
Também foi professor no então Instituto de Educação do Rio de Janeiro atual Instituto Superior de Educação do Rio de Janeiro (ISERJ).
PROJETOS ARQUITETÕNICOS
-Ministério da Educação e Cultura (atual Palácio Gustavo Capanema)
Em 1935 foi realizado um concurso de arquitetura para a escolha do novo projeto para o Ministério de Educação e Saúde (atual Palácio Capanema). O vencedor foi o projeto do arquiteto Archimedes Memória, em estilo eclético, que misturava elementos neoclássicos com detalhes decorativos marajoaras. Descontente com o projeto vencedor, o então ministro Gustavo Capanema decidiu pagar o valor devido ao vencedor e contratar Lucio Costa para que realizasse um novo projeto. Costa então convidou os arquitetos Carlos Leão, Affonso Reidy, Jorge Moreira, Ernani Vasconcellos e Oscar Niemeyer para participarem do novo projeto do Ministério, que agora seria feito em estilo moderno.
Sabendo da importância de sua geração na mudança dos rumos culturais do país, Costa convidou Le Corbusier a vir ao Brasil em 1936 para uma série de conferências. Entre as conferências, Corbusier auxiliou a equipe no desenvolvimento do projeto. A arquitetura moderna do edifício iria ao encontro dos objetivos do Estado Novo de Vargas, ao passar ares de modernidade, futuro e progresso ao país.
-Pavilhão do Brasil na Feira de Nova Iorque
Em 1939, Lucio Costa venceu o concurso nacional para o Pavilhão do Brasil na Feira Mundial de Nova Iorque, enquanto que Oscar Niemeyer ficou com o segundo lugar. Costa convidou Niemeyer para que projetassem juntos uma nova versão do Pavilhão, combinando elementos de ambos os projetos originais.
Executado em colaboração com Paul Lester Wiener, responsável pelo detalhamento dos interiores e stands da exposição, a estrutura era vizinha do pavilhão francês e contrastava com sua massa pesada por meio de sua pequena dimensão e delicadeza. Costa explicou que o Pavilhão brasileiro adotou uma linguagem de "graça e elegância", leveza e fluidez espacial, com um plano aberto, curvas e paredes livres, que ele chamou de "jônico", contrastando-a com a arquitetura purista dominante na época, que ele classificou de "dórica".
-Brasília
Em 1957, ao ser lançado o concurso para a nova capital do país, Costa enviou ideia para um anteprojeto, contrariando algumas normas do concurso. De fato, apesar de apresentar uma concepção urbanística semelhante à maioria dos concorrentes, o projeto de Lúcio Costa foi o único que conseguiu compreender o significado político de uma nova capital para o governo Kubitschek e para o contexto brasileiro da época:
Lúcio Costa conseguiu, assim, representar, transmitir, persuadir e, o mais importante, mobilizar todo o campo de experiência do presente (modernismo, desenvolvimentismo, nacionalismo e centralismo político), convencendo jurados e o próprio presidente da república, de que a sua proposta era a única possível de representar o momento histórico pelo qual passava o País. Levando-o, portanto, à vitória.
Plano piloto de Brasilia
O projeto de Lúcio Costa venceu por quase unanimidade (apenas um jurado não votou nele), sofrendo diversas acusações dos concorrentes. Desenvolveu o Plano Piloto de Brasília e, como Niemeyer, passou a ser conhecido em todo o mundo como autor de grande parte dos prédios públicos. O projeto de Lúcio Costa punha em prática os conceitos modernistas de cidade: o automóvel no topo da hierarquia viária, facilitando o deslocamento na cidade (apesar disso em seus projetos ele também criou a Estação Rodoferroviária de Brasília), os blocos de edifícios afastados, em pilotis sobre grandes áreas verdes. Brasília possui diretrizes que remetem aos projetos de Le Corbusier na década de 1920 e ainda ao seu projeto para a cidade de Chandigarh, pela escala monumental dos edifícios governamentais. A cidade de Lucio Costa também possui conceitos semelhantes aos dos estudos de Hilberseimer.
Após Brasília, recebeu convites para coordenar vários planos urbanísticos, no Brasil e no exterior.
-Barra da Tijuca
Em 1969, Lúcio Costa foi convidado pelo então governador do Estado da Guanabara, Negrão de Lima, para desenhar o Plano urbanístico da Baixada de Jacarepaguá, região que na época englobava a Barra da Tijuca e parte de Jacarepaguá. Embora tenha sido originalmente projetado para essa região, o plano piloto era visto por Lucio Costa como a solução urbanística para toda a Guanabara. De inspiração modernista, o plano previa largas avenidas, construções baixas como nas superquadras de Brasília, e preservação dos mangues e restingas da região. Com o tempo, pressões do mercado imobiliário desvirtuaram o plano original de Costa.
Foi colaborador e diretor do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN). Em 1989 foi agraciado com o título de doutor Honoris Causa indicado pela Congregação da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal do Rio de Janeiro em 1989.
MORTE
Morreu na capital fluminense, onde residiu a maior parte da vida. Foi sepultado em cerimônia discreta no Cemitério de São João Batista, Rio de Janeiro. Deixou duas filhas, Maria Elisa Costa, arquiteta e Helena.
Fonte: Wikipédia
Formatação: hrubiales
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