sábado, 15 de outubro de 2022

ÉDER JOFRE - Arte tumular - 600 - Memorial Necrópole Ecumênica, em Santos, São Paulo

  

CREMAÇÃO

Seu corpo foi cremado no Memorial Necrópole Ecumênica, em Santos e as cinzas entregue aos familiares


Eder Jofre Boxing pictogram.svg
Informações pessoais
ApelidoGalo de Ouro
CategoriaPesos Galo e Pena
Nacionalidadebrasileiro
Data de nasc.26 de março de 1936
Cidade natalSão PauloSP
Falecimento2 de outubro de 2022 (86 anos)
LocalEmbu das Artes, SP
Estilotécnico com forte pegada
Cartel
Lutas81
Vitórias75
Nocautes52
Derrotas2
Empates4

PERSONAGEM
Éder Jofre (São Paulo, 26 de março de 1936 – Embu das Artes, 2 de outubro de 2022) foi um pugilista brasileiro. Conhecido pela alcunha "Galo de Ouro", concedida pelo escritor Benedito Ruy Barbosa, foi tricampeão mundial de boxe, campeão peso-pena pelo Conselho Mundial de Boxe (WBC), e campeão do peso-galo pelo Conselho Mundial de Boxe (WBC) e pela NBA (National Boxing Association), posterior Associação Mundial de Boxe (WBA). Lutava, quando amador, sob as cores do São Paulo Futebol Clube.
Morreu aos 86 anos

SINOPSE
Introduzido ao "Hall da Fama" do boxe, localizado na cidade de Canastota, Estados Unidos, em 1992, foi considerado, por especialistas de boxe do mundo inteiro na revista especializada em boxe The Ring como o "melhor pugilista da década de 1960", à frente de Muhammad Ali, que ficou na segunda colocação. Além disso, em 2002 ele foi ranqueado na nona posição entre os "melhores pugilistas dos últimos cinquenta anos" novamente pela revista norte-americana The Ring, e considerado por especialistas como o maior peso-galo do boxe na era contemporânea.

Converteu-se ao vegetarianismo em 1956, depois de uma leitura que indicava que a carne era prejudicial ao organismo humano, conforme declarou no documentário A Carne é Fraca produzido pelo Instituto Nina Rosa. 

SINOPSE BIBLIOGRÁFICA
Nasceu no centro de São Paulo, na rua do Seminário, e posteriormente se mudou para o bairro paulistano do Peruche, localizado na zona norte. Sua família era de boxeadores, pois seu pai, o argentino José Aristides Jofre, conhecido como "Kid Jofre" (1907 - 1974), já havia sido um respeitável pugilista, passando assim os ensinamentos para o filho, que logo aprendeu a "amar a nobre arte", apesar de sua primeira opção profissional ter sido pelo desenho arquitetônico, curso que realizava em sua adolescência. Em virtude do desabamento do teto do Liceu de Artes e Ofícios, perdeu o material didático e por não ter recursos para adquirir um novo, desistiu do sonho de desenhista. Só para ilustrar, adorava fazer desenhos de seus super heróis favoritos, como Capitão Marvel, Super Homem e Capitão América. 

Em 1953, subiu pela primeira vez nos ringues como amador, no torneio "Forja de Campeões", patrocinado pelo jornal A Gazeta Esportiva. Ainda na condição de amador, disputou os Jogos Olímpicos de 1956 em Melbourne, Austrália. Chegou aos jogos como um dos favoritos, já que estava invicto como amador até então, mas devido a organização brasileira, que o fez treinar com um lutador bem maior e cuja consequência foi a quebra de seu nariz, fez com que ele lutasse sem muitas condições, tendo que respirar pela boca, culminando na derrota, em sua segunda luta na competição, por decisão dos jurados para o chileno Claudio Barrientos que após tornar-se profissional voltou novamente a lutar contra Eder e foi derrotado sendo "vítima" de 8 knock downs. 

Profissionalmente, começou em 1957 na categoria "peso-galo". No ano seguinte, era já um campeão brasileiro em sua categoria. Em 1960, contra o argentino Ernesto Miranda, conquistou o título sul-americano dos "galos", começando assim, a escrever o seu nome na história do boxe mundial. Em 1961, muda-se para os Estados Unidos e torna-se campeão mundial pela National Boxing Association, a mesma que se tornou a Associação Mundial de Boxe (WBA) em 1962, vencendo, por nocaute, o mexicano Eloy Sanchez no Olympic Auditorium. Um ano depois, unificou os títulos da categoria "peso galo", vencendo o irlandês Johnny Caldwell, campeão da versão europeia. Eder conseguiu manter o seu título mundial até 1965, ganhando todas as lutas por nocaute. Naquele ano, em um resultado contestado, foi derrotado pelo japonês Fighting Harada. Em 1966, na revanche, outra derrota em um resultado controverso, culminando em enorme desilusão. 

Em 1970, após três anos de sua "aposentadoria", onde fazia várias exibições pelo Brasil afora, em um circo de sua tia Olga Zumbano. Voltou aos ringues lutando na categoria "peso pena". Foram 25 vitórias, sendo uma delas em cima do gigante cubano, naturalizado espanhol, José Legra que lhe valeu o título mundial do Conselho Mundial de Boxe (W.B.C), em uma categoria superior a que ele começou; isso aconteceu em 5 de maio de 1973. Durante a luta seu pai passou mal e foi internado. Fez uma única defesa do título dos penas contra um dos maiores pugilistas mexicano, Vicente Saldivar, e o derrota por nocaute no 4º round mantendo seu cinturão. 

Em 1974, seu pai e treinador, Kid Jofre, morreu devido a um câncer no pulmão, e em 1976, devido a morte do irmão Dogalberto, aposenta-se do boxe profissional. 

Mesmo após ter se aposentado do esporte, continuou a disputar lutas em forma de exibições, uma delas realizada no Ginásio do Ibirapuera, que é considerado uma das mais notáveis contra Servílio de Oliveira, o primeiro medalhista Olímpico do Boxe brasileiro em 1968, transmitida pela Rede Record de televisão. 

Também foi professor de boxe em uma famosa academia paulistana, treinando modelos, atores, empresários. 

POLÍTICA
Participou na política partidária como político, foi eleito vereador de São Paulo pelo PDS, em 1982. Em 1989, filiou-se ao PSDB, seguindo carreira política de 1989 a 2000, quando foi membro da Assembleia Constituinte Municipal que promulgou a Lei Orgânica do Município de São Paulo, sendo um dos seus signatários. Foi autor de 25 leis, sendo a grande maioria relacionada a saúde e educação. 

MORTE
Em março de 2022, Éder Jofre foi internado em São Paulo, por causa de uma pneumonia. E em 2 de outubro de 2022, já bastante debilitado pela doença, acabou morrendo aos 86 anos. 

CINEMA
Um filme foi produzido em homenagem a Éder Jofre, com o título de "10 Segundos Para Vencer". O filme conta sua história e a relação entre ele e seu pai e treinador, Kid Jofre, além de mostrar suas grandes conquistas no boxe. 

Criado por Thomas Stavros, que também assina o roteiro e produção, o filme foi produzido pela Globo Filmes, em parceria com a Tambellini Filmes. Também são produtores, Breno Silveira e Chico Abréia, e dirigido por José Alvarenga Júnior. Daniel de Oliveira no papel de Eder Jofre, o filme conta ainda com a participação de Osmar Prado, Ravel Andrade, Sandra Corveloni, Kelly Freitas, Samuel Toledo, Wither Dalus e Ricardo Gelli. A data de lançamento do filme foi 27 de setembro de 2018.

No dia 25 de agosto de 2018, o filme foi agraciado por 2 Kikitos no Festival de Cinema de Gramado: Melhor Ator para Osmar Prado (Kid Jofre), e Melhor Ator Coadjuvante para Ricardo Gelli (Antonio "Tonico" Zumbano).

HOMENAGENS
A partir de 17 de outubro de 2021,Eder Jofre torna-se o primeiro boxeador do Brasil a ter seu nome incluído na galeria do Hall da Fama da Costa Oeste (WCBHOF), em Los Angeles. Indicado em 1992, Eder também já faz parte do IBHOF - Hall da Fama Internacional, localizado em Canastota, Nova Iorque, o mais importante deles, criado em 1989, onde também é o único nome brasileiro. Também faz parte de outras três galerias semelhantes que listam os melhores de todos os tempos na modalidade, todas nos Estados Unidos. 

A The Ring, edição de 90 anos, o escolheu como melhor boxeador da década de 1960. Muhammad Ali ficou em segundo. Apesar da satisfação de vê-lo ser homenageado internacionalmente, os filhos de Eder Jofre lamentam que ele seja pouco reconhecido no Brasil.

Fonte: Wikipédia
Formatação: Helio Rubiales
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hrubiales@gmail.com

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